A lua e o sol são naturalmente elementos que nos remetem aos mitos, e como tais, nos possibilitam sonhar, perceber, discutir, aceitar ou até mesmo repulsar. Nesta narrativa, que até nos lembra um cordel, a versão do autor para a separação do sol e da lua é no mínimo surpreendente. A história parece querer nos lembrar que todos os sentimentos humanos: o amor, o ódio, a inveja, a vingança e o perdão, fazem parte de cada um de nós, de mim, dos outros e de você também. Com uma poesia que ora rima , pedir com existir ou pedir com desistir, o autor nos remete àqueles momentos tão caros para nossa aceitação, mas tão sublimes para nosso aperfeiçoamento como homens, meninos ou deuses. Para isso, basta escolhermos em que lugar ficar nessa narrativa. Nela os seres caminham por onde mandam seus próprios passos. Eles não são ficcionais, são gente; humanos e portanto, podemos encontrá-los por ai. Para a lua um quarto e para o sol meio dia, deixa-nos a impressão que só podemos apreender as coisas em parte pois o todo é demasiado grande diante da nossa condição limitada.