Através de uma escrita elegante e envolvente, o autor ilumina, torna visível, a história dos crimes ocorridos em Porto Alegre nos anos de 1863 e 1864, sem reduzi-los a sua própria conjuntura, mas acompanhando o seu desdobramento, o que deles foi feito nos últimos 140 anos. Cláudio Pereira Elmir não julga, ele educa nosso olho histórico para ver como um acontecimento se faz e se desfaz, como sua progressiva deformação, seu devoramento, pelo jogo raramente inocente entre a memória e o esquecimento, traz-lhe notoriedade. A representação do passado aparece aqui com todos os seus limites, e com toda a sua potencialidade.