É uma grande viagem que Victor Paes faz. Vem, vai e marca seu caminho com a precisão de um guia. São encontros e desencontros tramados por versos afiados, que separam o joio do melodrama do trigo da fatalidade. Há coisa mais óbvia do que o fato de que somos limitados por dentro e excitados por fora? Precisamos viver. Deveríamos, ao menos, tentar fazê-lo. Exercermos todas as possibilidades e significados, antes de voltarmos ao pó dos livros de condolências. Em O óbvio dos sábios há muitas experiências desse tipo. Encham os pulmões para conhecer. Fernando Bonassi