Emoções, Sociedade e Cultura é um livro que intenta discutir a categoria analítica emoções como objeto de investigação na sociologia. Apresenta o conceito de emoções como uma categoria de entendimento capaz de apreender a noção de humano e de sociedade como um todo, e discute as conseqüências metodológicas de uma pesquisa sobre emoções nas inter-relações sempre tensas entre indivíduo social e sociedade. A sociologia das emoções constitui uma linha de pesquisa recente, calcada na tradição científica da disciplina mais ampla que a contém, e vem atraindo interesse crescente de especialistas, pesquisadores, estudiosos e leitores. É um campo de reflexão que busca revigorar a análise sociológica, introduzindo perspectivas novas para a grande questão interna da sociologia em geral, como disciplina, que é a problemática da intersubjetividade. O livro Emoções, Sociedade e Cultura busca fazer uma avaliação do estado da arte e uma iniciação à disciplina sociologia das emoções. Nele, o leitor encontra um balanço dos autores clássicos da sociologia, onde se procura compreender como eles sentiram e trabalharam a questão das emoções em suas análises. A seguir, apresenta o campo disciplinar da sociologia das emoções na Europa e nos Estados Unidos, desde os anos setenta do século passado, apresentando os seus principais autores e temáticas trabalhadas. Analisa, por fim, a sociologia das emoções no Brasil, que começa a se expandir no país no final da década de 1990. Este livro é um instrumento no processo de expansão e de consolidação da sociologia das emoções como campo disciplinar próprio, no interior da sociologia geral e das ciências sociais. Procura levar o leitor para os debates formadores e que impulsionam a sociologia das emoções no mundo Ocidental e, de modo específico, no Brasil, o colocando a par deste debate e o convocando a desvendar e a participar como estudioso e como pesquisador nesta área que ganha cada vez mais adeptos e atenção no país e no mundo. Este livro, para finalizar, é uma introdução ao modo de pensar e fazer sociológico e aos processos de construções novas realizadas sempre como produtos de releituras dos que fizeram a sociologia deste o seu surgimento e os debates no interior da tradição. Releituras que ajudam a refinar os instrumentos de análise e abre novas perspectivas de pesquisa e de reflexão mais atinados com os avanços, práticas e formas processuais do cotidiano.