Era lua quase cheia, viam-se as miríades de estrelas, que tanto faltaram a Paulo nos últimos três anos passados no Recife, no céu de verão quase completamente despejado, senão pelas poucas nuvens tocadas pelo vento do sertão para irem chover muito longe dali. O cenário e a certeza de que era sua última chance de criar coragem e passar uma noite assim, por uma vez, deram-lhe o empurrãozinho que faltava para a aventura, tantas vezes sonhada e adiada, de enfrentar qualquer assombração para ver o rio adormecer e despertar.