Em A vida simulada no capitalismo: Formação e trabalho na Arquitetura, a educadora e pesquisadora Rosemary Roggero debruça-se sobre a Arquitetura, arte que não prescinde da técnica e da ciência, para investigar a formação humana, no âmbito da cultura e do trabalho na sociedade capitalista contemporânea. Os sujeitos centrais de sua investigação são bastante concretos: arquitetos de duas gerações formados nos anos 1960 e nos anos 1990 que oferecem relatos vívidos e eloquentes capazes de permitir a análise de questões afeitas à formação e ao trabalho. Suas narrativas resultam de uma utilização cuidadosa dos métodos da história oral. Dividido em três partes, Cenários, Fragmentos e Sentidos, o livro realiza um percurso que se inicia com um panorama histórico da arquitetura brasileira e da formação na área; passa pela reflexão sobre o papel do sujeito e do significado da narrativa; e chega a perspectivas interpretativas feitas à luz da teoria crítica da sociedade.