Os sucessivos escândalos que estão abalando, cada dia mais, a fé dos cidadãos nas instituições revelam um mal que se tornou endêmico, no Brasil e na América Latina: o Estado é enxergado e administrado pela classe política, como bem de família. E o Brasil ocupa, nesse panorama de crise, lugar de destaque. Essa esdrúxula primazia revela-se num dado assustador: ao passo que as restantes economias mundiais cresceram acima dos 4 ou 5% ao ano, a economia brasileira mal chega  2%.