Este livro lança luzes e acaba com uma conspiração de silêncio sobre um dos movimentos mais representativos das massas populares do Brasil Imperial. O sentido social da Revolução Praieira, do historiador pernambucano Amaro Quintas, mostra e interpreta as condições objetivas da rebelião que durou cerca de cinco meses (1848-49) na província de Pernambuco e suas principais reivindicações: voto livre e universal, liberdade de imprensa, direito ao trabalho. Com um novo prefácio de Nelson Saldanha, a obra é uma reedição de um grande clássico da historiografia brasileira, publicado pela primeira vez em 1967. Ao levar em conta o panorama de idéias e as leituras dos protagonistas do movimento pernambucano, o autor menciona o espírito quarante-huitard - síntese do romantismo socialista e revolucionário francês da mesma época - e com ele os ecos da impressionante Revolução de 1848, um grande tumulto social que abalou profundamente a França de meados dos oitocentos.