Dos sopros que sopramos. Um sopro da alma, um perfume, uma brisa bem sentidos, nos versos que se encerram todos os amores da minha vida. Das doces lembranças, só me restou uma esperança, que amanhã poderemos nos encontrar... Aqui ou além-mar, onde o vento nos levar Um calor na pele, encontros e despedidas, sussurro no meio da noite, pois só assim pra crer que valeu a pena os viver... E que, depois desse sopro, olhe-se por sobre o ombro com não mais que orgulho; e para frente com não mais que confiança Em uma breve e singela dança, rodopiando por sobre a superfície da palma, que se põem a escrever, palavras da alma Palavra em que a calma se espalma, para os poetas cantarem com decoro. Seus talheres são de prata, nossas almas são de ouro: todo sopro que sopramos na jornada é (di)verso e duradouro. Como canção de liberdade, respirando novos ares, assim um poeta se refaz. Palavras são tatuadas na alma, simplificadas nos corações e bailam em meio às emoções. Nos sopros de um vento embarcações dançam nas águas, nos sopros de um poeta são lançadas palavras da alma. Com um sopro só, o poeta transborda e mostra a dor e a delícia de viver. Como uma folha levada pelo vento é o poeta levado pela sua inspiração. Como uma borboleta ele vive a vida em uma metamorfose constante. Por que o poeta vive e respira poesia.