Atingido por uma bala perdida, Augusto atravessa dias e noites naquele território crepuscular que reina nas vizinhanças da morte. Alucinações, sonhos e pesadelos invadem a realidade.
Abre-se o alçapão e dele surgem imagens do seu inconsciente, em boa parte, as mesmas do inconsciente coletivo brasileiro. Tudo é passado, morto e enterrado, mas de certa maneira vivo, pronto para dar o bote.
Não há por que procurar lógica nessa narrativa fantástica, que segue a incoerência das tempestades e dos naufrágios, a ética dos bandeirantes e dos cangaceiros, a perspectiva dos palacetes em ruínas e das favelas, o encantamento dos amores, a brutalidade da vida.