Disposto a investigar a relação entre arte e política durante os anos mais duros do regime militar, o livro interpreta algumas obras de arte contestatórias que estiveram presentes no Salão Paranaense durante os primeiros anos de vigência do Ato Institucional número cinco, o AI-5. Para tanto, o autor realiza uma ampla contextualização dos debates estéticos e ideológicos vigentes no campo artístico nacional, aí incluído o processo de modernização cultural do Paraná, com ênfase no papel simbólico central que coube, naquela conjuntura, ao Salão Paranaense. Ao analisar em pormenor importantes obras de artistas nacionais como Antonio Manuel, Carlos Zílio, Antonio Henrique Amaral, Danúbio Gonçalves ou João Osório, o livro aborda questões centrais para a compreensão da cultura brasileira do período, indo da ironia pop à cultura de massa, da vanguarda experimental à identidade nacional, do movimento estudantil à luta armada.