Todo conhecimento humano se origina na dialética do ciúmes, que é uma manifestação da comunicação. Trata-se ali de uma noção genérica observável, behaviouristicamente observável. O que acontece entre crianças pequenas comporta esse transitivismo imaginário fundamental que se expressa no fato de que uma crinça que bateu em outra possa dizer: "o outro me bateu". Não que ela minta - ela é a outra literalmente. É na ordem do imaginário que se situa a relação de identificação a partir da qual o objeto se realiza como objeto de concorrência. Uma alteridade primitiva está incluída no objeto na medida em que ele é primitivamente objeto de desejo do outro.