Enquanto as notícias vindas da Europa cobriam o planeta de tristeza, a maneira como o Brasil encarava o início da pandemia provocava inúmeras dúvidas sobre qual seria a verdadeira orientação do país no combate ao novo coronavírus. Mesmo assim, no dia 16 de abril de 2020, a manchete do site do jornal Folha de S.Paulo espantava pela incredulidade, despertando surpresa e uma grande curiosidade: “Maranhão comprou da China, mandou para Etiópia e driblou governo federal para ter respiradores – Depois de ter sido atravessado por Alemanha, EUA e governo federal, estado montou operação de guerra”. Por mais que fatos e decisões contraditórias se alternassem em um governo no qual o ministro da Saúde era atacado pelo próprio presidente, a notícia sobre como um pequeno estado brasileiro deu a volta no globo para realizar uma “operação de guerra”, conseguindo abastecer o seu sistema de saúde com os equipamentos mais procurados e desviados em todo o mundo, chamava muito a atenção.