Uma das críticas mais comuns da produção acadêmica nacional é de os mestrandos frequentemente optarem por repisar terrenos já explorados, compilar opiniões consagradas ou meramente reproduzir pensamentos há muito aceitos, dotando-lhes apenas de nova roupagem, ao tempo que permanecem no lugar comum doutrinário. Definitivamente este não é o caso de Alexandre Farias Peixoto. Sua escolha por um tema situado na intersecção entre Direito Constitucional, Direito Civil e Direito Processual Civil, sem falar nas diretrizes envolvendo responsabilidade civil, penal e administrativa, demonstram sua preferência pelo novo e sua ousadia criativa no pensar. Orientar o autor em sua pesquisa sobre Testamento Vital foi uma oportunidade de vê-lo desenvolver suas próprias ideias com a sensibilidade que o caracteriza, acompanhando seu desenvolvimento como pesquisador e, agora, verdadeiro doutrinador, no amadurecimento intelectual, e mesmo pessoal, constante. A obra que ora é colocada à disposição de alunos, advogados e julgadores, vai além de contornos gerais sobre a teoria que sustenta as diretivas antecipadas de vontade, discorrendo sobre o conteúdo, forma, requisitos e elementos do Testamento Vital, em suas perspectivas doutrinária e prática. O pensamento do autor revela-se, pois, como colaboração autêntica para a doutrina nacional e auxiliará no conhecimento e aprofundamento do tema.