Prestes a completar trinta anos, um jornalista cego enfrenta as faltas de oportunidades em sua carreira, causadas pelo declínio da profissão e por sua deficiência visual, algo que assusta profundamente os recrutadores. Estagnado profissionalmente, oprotagonista faz um relato do cotidiano na agência de comunicação em que trabalha, já há muitos anos, escrevendo releases sobre uma das empresas clientes, uma fabricante de utensílios de cozinha, presidida por um cadeirante de atitudes repulsivas. Por essas atitudes, e por se chamar Benito, o presidente recebeu do jornalista o apelido de Mussolini. Neste romance, Marcos Fidalgo propõe uma reflexão sobre as humilhações sociais e corporativas, o desejo de ser violento que nunca é consumado, além das visões resumidas que as pessoas têm de uma pessoa com deficiência.