A linha divisória entre História e Literatura é freqüentemente difícil de ser traçada. Muitas vezes a Literatura contou o que a História não podia contar e outras tantas a narrativa histórica foi povoada de imaginação. Tendo em vista o contexto latino-americano, autores como Antonio Candido, Roberto Schwarz, Beatriz Sarlo, Marilena Chauí, Alfredo Bosi, Serge Gruzinski e John Gledson, entre muitos outros, analisam aqui as relações entre produção simbólica e processos sociais. São abordados desde temas mais gerais como as intersecções da antropologia com a literatura ou as fronteiras entre crônica jornalística e ficção, até as obras específicas de escritores como Machado de Assis e Jorge Luís Borges. A última parte, que trata da transculturação na América Latina, destaca a obra do crítico Ángel Rama.