A temática em apreço foi definida em virtude da grande importância que os Direitos Sociais vêm conquistando, haja vista o capitalismo desenfreado em que vivemos, bem como ante a eminente necessidade de devolução do Esta­do aos jurisdicionados sobre pedidos reincidentes que en­globam tais direitos que tem sido levada a sua apreciação. Outrossim, insofismável é que a Constituição de 1988 reconhece o capitalismo como de produção nacional, conferindo-lhe, todavia, peculiar conformação, ou seja, no Brasil, o desenvolvimento de qualquer atividade econômica deve estar inelutavelmente associado à promoção da dignidade humana e à busca de justiça social. Entretanto, observa-se uma espécie de capitalismo dissonante dos preceitos constitucionalmente consagrados. Afinal, para muitas empresas o labor humano não passa de mera mercadoria, exigindo-se atuação incisiva do Poder Judiciário para concretização das promessas constitucionais. Neste aspecto, a presente obra, assim como o volume 1 anteriormente publicado, pretende fomentar e enriquecer a pesquisa, permitindo assim a discussão e propician­do a propagação do conhecimento em relação ao tema proposto, especialmente frente a tantas alterações e modificações que o próprio labor vem recebendo quando interpretado sobre o viés da sociedade ou revolução 4.0.