Antes era fácil-fácil demais- levar uma molécula nova para testes em hospitais. Agora, a engrenagem entre centros de pesquisa, hospitais, empresas e governo move-se lentamente e com rigor, filtrando erros que poderiam ser prejudiciais à saúde pública.Desde o início do século XX, três brasileiros - dois médicos e um químico - seguiram as regras científicas de desenvolvimento de fármacos, menos rigorosas que as atuais, e criaram medicamentos que foram usados por milhares de pessoas.Depois deles, nenhuma outra molécula biologicamente ativa original contra o câncer nascida em ambientes acadêmicos ou não acadêmicos conseguiu vencer todas as etapas de desenvolvimento e obter a aprovação para o uso amplo.Um dos propósitos deste livro é motivar a reflexão sobre a capacidade criativa de cientistas brasileiros e a importância da articulação entre especialistas de centros de pesquisas biomédicas, órgãos de governo e empresas, de modo que as possibilidades de novos tratamentos que se mostrarem consistentes não sejam perdidas.