Um eu, uma Marilyn, fichas, burocracias e o mundo visto pelo olhar de umfuncionário público. Pleonasmo ou redundância existencial? No meio de tudo isso aparecem paisagens vislumbradas por um leitor que escreve, lê e, de novo,reescreve e reescreve seu texto-ficha. No inconsciente, leituras e mais leiturasfeitas em bares. Essa é a trama que enreda a história de eu e Marilyn Monroe & o Outro. Uma narrativa humorada, às vezes, ácida em sua crítica às desventuras dacorte. Na narrativa há um nome (Marilyn) e além do nome o jogo pronominal e senão fosse pouco se tem ainda o protagonista-narrador, um funcionário público envolto com arquivos e fichas. Fichas que passam a ser sujeito destinador desentido, uma vez que o narrador dota-as de sentido e sentimento. E sentimento também é o que indica o sentido do mito. Marilyn ainda alimenta o imaginário dohomem moderno.