Se os homens tiverem êxito em compreender o sentido da tragédia, ela poderá tornar-se uma forma de psicoterapia coletiva, ajudando-os a desvendar o seu destino neste mundo. Sendo assim, a tragédia mostra uma saída para a nossa cultura materialista, que perdeu o contato com as raízes do mito e sua força curadora. Numa análise ampla de duas tragédias de Sófocles, o autor identifica com precisão e clareza os padrões que estão por trás de cada destino humano: diante da culpa e do fracasso, o ser humano só pode conseguir a salvação quando aprender a não se iludir com as coisas do mundo fenomênico e começar a buscar soluções dentro de si mesmo. Neste livro, Dethlefsen torna visível a imagem arquetípica do homem cujo caminho é curar-se curando a própria culpa.