No capítulo 14 do Evangelho de Marcos constam os versículos 3 a 9, nos quais é descrita a cena ocorrida nos arredores de Jerusalém, mais precisamente em Betânia, na casa do leproso Simão, quando uma mulher que carregava consigo um vaso de alabastro cheio de nardo puro se aproximou de Jesus e, após quebrar aquele frasco, derramou o seu conteúdo sobre a cabeça dele, numa verdadeira cerimônia de unção sagrada. Após a indignação externada por várias pessoas presentes, o Rabi da Galileia teria afirmado que Ela fez o que podia: antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo que, onde quer que venha a ser proclamado o Evangelho, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória. Dessa cena bíblica foi extraído o título desse livro, Em memória de Maria Madalena, pois nenhuma dúvida existe sobre a identidade daquela mulher tão importante na vida de Jesus, aquela que efetivamente o tornou Cristo, como sinônimo de Messias ou Ungido.