Na Itália renascentista, religião e política caminham juntas. A vela no altar pode ser acesa tanto para Deus quanto para o diabo. A certeza da impunidade e um ato perverso bastam para romper o frágil limite entre o bem e o mal. Caído em desgraça após ser afastado da Igreja por razões indizíveis, o desejo de recuperar seu antigo prestígio leva Prósper até Siena, onde descobre que sua experiência de exorcista não o preparou para o oponente que iria encontrar. Quando finalmente conhece as consequências de seus próprios atos, Prósper se vê em uma armadilha da qual não sabe se quer sair, porque talvez seja o único capaz de deter o que ele mesmo começou.