A história ensina que só o tempo define o que é permanente e quais os valores a permanecer na memória do povo. Na hora em que este vê aviltados todos os parâmetros morais e cívicos, que são as molas propulsoras do futuro, é tempo de pensar se a reação que se esboça timidamente conseguirá enfrentar o vendaval social que se forma nas crises. O livro de Affonso Heliodoro, para além das recordações preservadas religiosamente por amor de uma liderança ímpar, é um verdadeiro grito de angústia face ao presente de nosso país. Como conclusão chamo a atenção do que diz um dos maiores líderes da economia mundial: ?A matéria-prima mais importante de hoje é a inteligência ? ou seja, a cultura e, portanto, a escola... O país ideal é aquele que tem um sistema escolar avançado e uma dimensão do mercado grande.? O que nos falta é muito óbvio. É a solidariedade, pois, se não dermos as mãos após as reflexões provocadas pela leitura deste livro, não auguro que o Brasil possa ser o que desejamos de bom para os nossos próprios filhos.