Neste seu quarto livro de poesia, Guinho (Idemburgo) Frazão oferece-nos uma grande mostra de sua capacidade de criação, a partir da potência do jogo de palavras, da reflexão crítica e da visualidade da poesia. Surpresa que nos captura a cada nova página, a cada novo poema e nos propicia o encontro com uma herança literária que remete ao poema-pílula oswaldiano, ao espanto do microconto e à herança concretista. Te-sendo conduz as formas poéticas ao amplo campo das possibilidades das palavras e da complexidade das questões sobre o ser e o existir. Exercício de equilibrar versos, explorar os espaços no fecundo caminho que une o prosaico e o excepcional em nossa existência. Frazão cria poemas sinuosos, intertextuais e resgata o catador de feijão cabralino para lembrar da colheita das palavras e de como a poesia pode ser catada nos momentos simples como se nos dissesse que há uma epifania no meio do caminho. É um livro que cose com as palavras, trama de tecidos cujo fio solto a nos (...)