De onde poderá a imaginação extrair a substância com a qual tecerá seus sonhos senão do tesouro da memória, repleto de observações vivas, das impressões dos fatos, das abstrações de cor e forma, de princípios de todo tipo? Quem poderá negar que é unicamente graças à memória que podemos fixar os efeitos fugidios da luz, desenhar os movimentos, fisionomias, os céus, os animais, as crianças a vida, enfim? E, já que se admite a necessidade da memória, por que não seria permitido cultivá-la? No ensino literário e científico, cultiva-se a memória por meio de lições decoradas. Igualmente, é através de uma série gradativa de formas que se deve desenvolver a memória das formas. É essa lamentável lacuna no ensino que procuro preencher por meio de um método para o desenvolvimento da memória visual.