Através das misericórdias do Senhor não somos consumidos, porque suas compaixões não falham. Eles são novos todas as manhãs; Grande é a tua fidelidade.” Em um passado distante, eu perdi a razão de viver. Não fosse a misericórdia do Senhor, eu não estaria aqui partilhando desta experiência. Olhando para trás, não sei como consegui chegar ao estágio de atentar contra a minha vida. Mas sim, fiz isso. Errei. Claro, que eu poderia distribuir culpas a todos os que faziam parte da minha vida naquele momento, mas assumo, errei feio. Não sei bem onde começaram os planos de execução deste ato. Mas sei que a minha vida estava totalmente fora do eixo. Toda a minha expectativa, planejamento, objetivos estavam pautados em coisas efêmeras e sem base para sustentar uma vida. Expectativa demais no que era incerto, o tombo foi grande! Me lembro que me vi sozinho em casa, as dez da manhã. Meu pai, coitado, estava trabalhando e só chegaria após as 20:00. Não consegui pensar nele o suficiente para não agir. Minha mãe não morava conosco, então, ela saberia mais tarde. Peguei um caderno e escrevi uma carta, pedindo desculpas, pois eu não aguentava mais. A dor da alma me sufocava, angústia sem fim. Muita dor, sem nenhum tipo de remédio. Não havia nada que fosse químico que pudesse acalmar minha alma.