Por estar distanciado dos vivos, o finado Brás Cubas é feroz em suas críticas à sociedade do Brasil do século XIX, com seus vícios, seu parasitismo e suas mesquinharias. Um relato cômico-fantástico feito pelo defunto Brás Cubas ao narrar suas memórias, com uma visão cética e desiludida da vida. Uma das mais populares obras do autor, esse romance foi publicado originalmente como um folhetim, em 1880, em capítulos, como na Revista Brasileira. Em 1881, saiu em livro causando espanto à crítica da época, que se perguntava se tratava-se de fato de um romance: a obra era extremamente ousada do ponto de vista formal, surpreendendo o público até então acostumado à tradicional fórmula romântica O livro costuma ser associado à introdução do Realismo no Brasil. É narrado em primeira pessoa pelo personagem Brás Cubas, que em tom irônico e sarcástico.