Na 3.a edição deste Manual, que é uma referência na área, optou-se por mudar o paradigma. Passaram a ser os dois coordenadores da obra que, em conjunto com outros colegas médicos e enfermeiros - todos eles atores experimentados na abordagem do doente urgente e emergente -, explicam aos leitores o que deve ser feito do ponto de vista diagnóstico e terapêutico e com que critérios se decide o internamento ou se referencia ao especialista para continuação de cuidados. Modificou-se também profundamente a organização dos capítulos. Introduziram-se secções de abordagem geral do doente crítico vítima de doença súbita e de trauma e uma secção dedicada à exploração dos sinais e sintomas cardinais, que reflete a estratégia organizativa de abordagem do doente em ambiente de Urgência, alargaram-se os capítulos de doenças e síndromes específicas (em especial no que diz respeito às doenças infeciosas e intoxicações), manteve-se a preocupação de que as terapêuticas propostas fossem práticas, pormenorizadas, exequíveis e, portanto, ao alcance de todos. Sendo o Serviço de Urgência constituído pelos setores de triagem e de atendimento diferenciado e um espaço físico aglutinador, onde a maioria das situações clínicas são abordadas pela equipa multidisciplinar, a todos os seus elementos se dedica este livro, de leitura indispensável para médicos especialistas, internos do ano comum e da fase de formação específica, alunos de Medicina na fase clínica e profissionalizante do seu curso e enfermeiros que são responsáveis pela triagem e início da cadeia diagnóstica e terapêutica. Esperamos que este Manual vá ao encontro das expectativas dos leitores e sobretudo que seja útil no processo tão delicado e frequentemente solitário de decisão clínica em situação de urgência ou emergência.