Javier Marías consegue realizar uma narrativa intensa sobre temas que dizem respeito a todos nós; sobre o ocultamento, sobre os fatos e as intenções, sobre agir sem saber, sobre a vontade que quase nunca se consuma, sobre a negação das pessoas de que um dia gostamos, sobre o esquecimento que faz tudo 'viajar até esfumar-se lentamente', sobre a indecisão, sobre a despedida e, por fim, sobre o engano, que talvez seja 'nossa condição natural e, na realidade, não deveria nos doer tanto'.