O livro analisa a evolução do conceito de "deficiência" ao longo do século XX e no início deste século XXI. Não se detém sobre deficiências específicas, mas procura explicar como o próprio conceito foi se modificando através das últimas décadas. Toma como ponto de partida o chamado "modelo médico", que vigorava na primeira metade do século passado, em que a deficiência era um problema apenas da própria pessoa, para evoluir a uma concepção mais social, onde a comunidade como um todo participa do problema. Reproduzimos a quarta capa do livro, escrita pela própria autora: "Os estudos sobre deficiência surgiram no Reino Unido nos anos 1970. Deficiência não é mais uma simples expressão de uma lesão que impõe restrições à participação social de uma pessoa. Deficiência é um conceito complexo que reconhece o corpo com lesão, mas que também denuncia a estrutura social que oprime a pessoa deficiente. Assim como outras formas de opressão pelo corpo, tais como o sexismo ou o racismo, os estudos sobre deficiência descortinaram uma das ideologias mais opressoras de nossa vida social: a que humilha e segrega o corpo deficiente".