Rosto de garagista, sempre de gabardine. Desconfiou da "marcha da história, enquanto sede e itinerário dos poderes estatais, que começaram falando de justiça e acabaram organizando polícias. Um libertário de nossa latinidade, um homem trágico que espera acordar qualquer manhã nas vestes do homem feliz. Só se sentia bem entre operários e atores de teatro. Preferiu acertar no sol e errar na história. Deixou, no entanto, um severo afresco de valores humanistas radicais, a serem respeitados em qualquer revolução que deseje ser digna. Estamos agora viajando com ele, num Facel-Vega, em alta velocidade, rumo a Paris. Aproveitemos o pouco tempo que resta da viagem, pois uma fatídica manobra e uma árvore à margem do caminho nos esperam para produzir o barulho insuportável de lataria, pára-brisas quebrados, e destino.