As práticas pedagógicas carecem de registros. Nas nossas escolas e nos cursos de formação de professores, muita ênfase é dada ao ato de planejar, de estabelecer objetivos, de relacionar os conteúdos, de pensar na avaliação. Ninguém discorda da importância dessa etapa, afinal há de se ter claras as intenções do trabalho pedagógico, mas planos de aulas não guardam o registro do que foi realizado. Ao ser levado para sala de aula, o planejamento ganha vida, ajusta-se ao que é possível, abre espaço para o que não foi previsto, enfim, vira realidade. A peça sai do papel e ganha palco, plateia e tudo mais. O que acontece, porém, é que a dinâmica do trabalho raramente é documentada. Não fomos incentivados a registrar o que acontece em nossas aulas: o que tem de tão nobre no meu trabalho que mereça ser documentado e compartilhado? Quem vai querer saber o que eu fiz? Será que posso dividir minhas dificuldades e também as estratégias de sucesso que consegui colocar em prática? As autoras (...)