Tornaram-se frequentes, nos últimos anos, notícias a respeito do papel das principais agências internacionais rebaixando a nota, tanto de empresas e instituições financeiras, como de Estados no assim chamado "velho mundo", também conhecido como região de "economias maduras". Por outro lado, as mesmas agências optaram, em função de critérios técnicos, pela elevação da nota de empresas e "países emergentes". Este livro trata destas e outras questões, sobretudo relacionadas com o Brasil e os demais países da América Latina, levantadas por um grupo de pesquisadores brasileiros e estrangeiros que se reúne regularmente a cada dois anos a partir de um workshop intitulado "Empresas, Empresários e Sociedade". Os textos aqui reproduzidos fazem parte de uma seleção de trabalhos apresentados e discutidos no sétimo encontro do grupo que ocorreu nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, no ano de 2010. O encontro foi organizado pensando em refletir sobre a crise econômica que iniciou em 2008 e continua atingindo principalmente as economias dos países desenvolvidos. Ao mesmo tempo, a preocupação dos pesquisadores presentes era de indicar possíveis caminhos de saída da crise. Passados quase dois anos entre o encontro e a publicação deste texto, a crise continua e, o que é mais preocupante, torna-se cada vez mais profunda. Com o título "Estado, Empresas e Empresários: Agentes de Desenvolvimento" o livro convoca os leitores, as empresas, e o Estado com suas instituições, a se tornarem agentes de desenvolvimento, no sentido de encontrar propostas concretas que levem a economia de cada país a sair da crise e a encontrar soluções para o novo bilhão de pessoas que passou a existir no mundo, nos últimos dez anos.