Quando Carlos Eduardo Santalena resolveu escalar o Everest, ele tinha ainda cinco anos. Era uma criança. Morava em São Paulo com a mãe e as duas irmãs, Deborah e Priscilla. Os anos passaram e aquele que tinha avisado à mãe sobre seu grande sonho, buscaria um meio de conquistá-lo, mas antes disso, iria ser na adolescência, um jovem inquieto, indisciplinado nos estudos e um jogador assíduo de futebol pelo time da escola, em Campinas, interior de São Paulo. Ao longo da vida de Carlos, tudo confluía para que o sonho antigo se rea-lizasse. Estudou na Nova Zelândia, e o nome da rua onde morava era Edmund Hillary, o primeiro conquistador do cume do Everest. Coincidências ou não, um ano após de se matricular na faculdade de educação física, pela PUC-Campinas, Carlos conhecera um grupo de amigos que, assim como ele, gostava de escalar nos finais de semana, na região de Bragança Paulista. Quatro anos de treinamento, de 2008 à 2011, Santalena e Canellas embarca- ram no voo de São Paulo à Qatar e de lá à Lukla, Nepal. Essa seria a grande aventura que mudaria sua vida e modo de ver o mundo.