A obra, idealizada em 1924, durante o confinamento do futuro Führer é hoje considerada uma fonte de informações, sendo examinada por pesquisadores e estudiosos das ciências políticas e sociais, que o fazem com o mesmo propósito que impulsiona os arqueólogos ao esquadrinhar antigas ruínas: a busca do conhecimento de seu espírito, seus segredos, a motivação de seus atos e a inexorável avaliação da história. De posse desses conhecimentos, poderão as gerações presentes e futuras aprender com os erros do passado e melhor orientar o porvir, para o bem comum e a almejada paz social. A propósito da edição da obra Minha Luta (Mein Kampf), de autoria de Adolf Hitler, a Editora Centauro esclarece aos estudiosos, pesquisadores e leitores de todas as etnias que compõem nossa comunidade, que, em absoluto, não apóia nem respalda, por nenhum meio ou forma, a ideologia ou os conceitos doutrinários de seu autor, declarando, expressamente a neutralidade de seu posicionamento como editora, de apenas disponibilizar seu conteúdo, o qual, embora polêmico - e em alguns casos, odiado - simboliza um marco histórico - infelizmente trágico - da história da humanidade. Ao editor não cabe emitir juízos de valor sobre as obras veiculadas; este julgamento fica ao exclusivo critério de leitores e estudiosos. A Editora Centauro faz consignar sua absoluta isenção de ânimo ao publicar obras consideradas incomuns ou polêmicas, reafirmando seu respeito a todos os credos, etnias, convicções religiosas e políticas, que convivem harmoniosamente em solo pátrio. E essa harmonia, baseada no respeito e na tolerância recíproca, permite a difusão e integração dos mais variados saberes, enriquecendo a composição do mosaico social e cultural da nação brasileira. A veiculação de obras intelectuais, como o livro, desfruta de proteção constitucional, como irradiação de conhecimentos indispensáveis à formação de uma cultura geral humana e sem preconceitos. Não representa, porém, apologia, apoio ou concordância com a ideologia de seus autores. De outra parte, todos os cidadãos têm o direito fundamental de acesso à informação (art. 5º, XIV, da Constituição Federal), seja esta conveniente ou não a crenças individuais.