Em sociedade que exclui dois terços de sua população e que impõe ainda profundas injustiças à grande parte do terço para o qual funciona, é urgente que a questão da leitura e da escrita seja vista enfaticamente sob o ângulo da luta política a que a compreensão científica do problema traz sua colaboração.É um absurdo que estejamos chegando ao fim do século, fim de milênio, ostentando os índices de analfabetismo, os índices dos que e das que, mal alfabetizadas, estão igualmente proibidos de ler e de escrever, o número alarmante de crianças interditadas de ter escolarização e que com isso tudo convivamos quase como se estivéssemos anestesiados.Nenhum autor com boa saúde pode se sentir mal por ter um livro seu tão insistentemente procurado, tão fraternamente sempre recebido, quando uma nova impressão sua chega às livrarias.A prova da presença viva de seu livro anima, desafia e aquece a vontade de vida do autor, sua paixão por continuar dizendo coisas e pronunciando o mundo.