A expressão 'adolescentes em conflito com a lei' tem se mostrado recorrente na literatura nacional, principalmente a partir da década de 1990, quando do advento do Estatuto da Criança e do Adolescente. Visando substituir denominações como "menor infrator" ou "delinquente juvenil", a expressão popularizou-se, porém, manteve-se enigmática. Em conjunto, tais denominações se revelam abrangentes, tanto na perspectiva jurídica quanto na clínica, ainda que não devidamente explicativas, carregam consigo inúmeros fenômenos latentes. De um modo geral, o livro procura abranger diferentes perspectivas e contextos que a realidade atual apresenta, sem a pretensão de contemplar todos os aspectos que envolvem a avaliação e as intervenções com adolescentes, em conflito com a lei. O trabalho direciona-se para estudantes, profissionais e pesquisadores do campo da psicologia e psiquiatria e a outros profissionais interessados em aprofundar conhecimentos oriundos de pesquisas e intervenções realizadas e obter novas formas e abordagens para maior compreensão sobre os adolescentes, a sociedade e seus verdadeiros conflitos.