Um amor improvável, em meio a livros e desesperança. Na pequena e fictícia Ventania, o chefe da estação de trens cai de paixão pela bela bibliotecária Lorena Krull. Mulher exótica e moderna, espalha literatura e charme pelas estantes pouco visitadas de seu reino de letras. E é em meio aos empoeirados livros que Philadelpho renasce para a vida, após amargar a perda de uma perna num acidente ferroviário.Com a esperança de conquistar sua Dulcinéia, esse Quixote contemporâneo avança sobre os moinhos de vento da inspiração incerta e procura se tornar digno da amada. Em frases escritas às pressas, à lápis, ele começa a carreira de escritor. E passa a catalogar o que vê de sua plataforma. A cada episódio contado, a cada livro consultado, cada aventura vivida pelos diálogos de outro, ele sente sua muleta sumir. A perna não existente assomar e o tornar inteiro mais uma vez. Mas a alma feminina é caprichosa, como tantos clássicos nos mostram. Lorena, sua Pantera Loura, se engraça para um menino-homem. Logo ZéJosé, irmão de ZéElias, responsável pelo desastre que o marcou. Filho de Dasdores, nascida numa sexta-feira da Paixão, sobrinho de Dasalmas, nascida em Finados, e Dasflores, na primavera. Um príncipe de reinações infantis: pipas, bolinhas de gude, piões. O sentimento não correspondido queima no peito desse fiscal de locomotivas. Como vagões que seguem o curso inexorável dos trilhos, somos arrastados para dentro do relato deste homem na direção de um destino patético. Numa narrativa magnética, o leitor passa a se tornar confidente do autor. Suas notas de rodapé nos mostram todas suas ideias e decisões. E nos levam numa viagem onde o maquinista é o talento de um dos mais respeitados autores do país: Alcione Araújo.Um amor improvável, em meio a livros e desesperança. Na pequena e fictícia Ventania, o chefe da estação de trens cai de paixão pela bela bibliotecária Lorena Krull. Mulher exótica e moderna, espalha literatura e charme pelas estantes pouco visitadas de seu reino de letras. E é em meio aos empoeirados livros que Philadelpho renasce para a vida, após amargar a perda de uma perna num acidente ferroviário.Com a esperança de conquistar sua Dulcinéia, esse Quixote contemporâneo avança sobre os moinhos de vento da inspiração incerta e procura se tornar digno da amada. Em frases escritas às pressas, à lápis, ele começa a carreira de escritor. E passa a catalogar o que vê de sua plataforma. A cada episódio contado, a cada livro consultado, cada aventura vivida pelos diálogos de outro, ele sente sua muleta sumir. A perna não existente assomar e o tornar inteiro mais uma vez. Mas a alma feminina é caprichosa, como tantos clássicos nos mostram. Lorena, sua Pantera Loura, se engraça para um menino-homem. Logo ZéJosé, irmão de ZéElias, responsável pelo desastre que o marcou. Filho de Dasdores, nascida numa sexta-feira da Paixão, sobrinho de Dasalmas, nascida em Finados, e Dasflores, na primavera. Um príncipe de reinações infantis: pipas, bolinhas de gude, piões. O sentimento não correspondido queima no peito desse fiscal de locomotivas. Como vagões que seguem o curso inexorável dos trilhos, somos arrastados para dentro do relato deste homem na direção de um destino patético. Numa narrativa magnética, o leitor passa a se tornar confidente do autor. Suas notas de rodapé nos mostram todas suas ideias e decisões. E nos levam numa viagem onde o maquinista é o talento de um dos mais respeitados autores do país: Alcione Araújo.