Autor de seis livros de ficção (quatro de contos este é o quinto , um romance e um infantil), Cadão Volpato é também um dos grandes letristas ocultos do ouvido popular dominante, a voz do Fellini, a banda cujo nome homenageava o Federico e já indicava a importância da cultura italiana como referência de jornada. A banda-culto do letrista-cantor-oculto atravessou os anos 80 e declinou e inclinou e morreu e renasceu quantas vezes deu na telha e na verdade, todas as vezes que pareceu necessário, e desnecessário. Cadão estava lá, e está aqui. E isso é importante porque este é um livro sobre os anos 80. Sobre a música dos anos 80. Sobre ouvir, e fazer, e viver, música naquela década. Sobre crescer nos anos 80, em São Paulo, no mundo, ouvindo música, fazendo música, vivendo música. Sem saudosismo. Cadão Volpato toca os discos do crepúsculo na rotação certa, sem pressa e sem tristeza. Para o leitor, para si mesmo. Ouvimos (lemos)