Este livro de memórias registra, sim, sinais de guerra, de perseguição, de luta, mas carrega, sobretudo, as marcas da unidade familiar, do senso de humor, do espírito conciliador, da alegria de viver e da paz; evidencia sempre a vitória da alegria sobre a tristeza, da conquista sobre a derrota, do conhecimento sobre a ignorância, da paz sobre a guerra, enfim do bem sobre o mal. É difícil encontrar nos livros de memórias a transparência e a naturalidade com que Jacob Blochtein vai deixando correr os fatos, sem aquela autocensura escrupulosa, tão comum neste tipo de publicação.