O século XXI vem se consagrando como o século da Biotecnologia, onde o que era considerado ficção científica agora constitui a realidade. Da inteligência artificial à edição de genes humanos, passando pela fabricação de órgãos e a busca da imortalidade, vivemos uma revolução. Empresas nas mais diversas áreas tecnológicas se uniram e passaram a investir bilhões de dólares em alguns setores, como a medicina genômica, pela qual os cientistas prometem transformar o futuro da espécie humana. Tudo indica que não há limites a este poder, nem tampouco ao promissor mercado que com ele se desvela. Do ponto de vista da Bioética, foram elaborados diferentes documentos internacionais, que consagravam os valores que a humanidade queria ver resguardados, mas que se mostraram frágeis diante do poder que a biotecnologia foi capaz de originar. Assim, o estabelecimento não apenas de diretrizes éticas, como também de limites jurídicos, tornou-se fundamental.