Personagem de um drama vivido por milhões de judeus durante a Segunda Guerra, Hertha Spier, a prisioneira A21464 de Auschwitz, conta as atrocidades que sofreu e testemunhou no pior massacre perpetrado contra seres humanos no século XX. No dia 15 de abril de 1945, as tropas de libertação a encontraram inconsciente no campo de Bergen-Belsen, na Alemanha, o mesmo onde poucos dias antes morrera a holandesa Anne Frank. Como conseguiu sobreviver ao terror, à tortura psicológica, à fome, ao frio, à tuberculose e à morte dos pais e dos irmãos é a pergunta inevitável de quem conheceu Hertha Spier. Convidado a transformar essa história em livro, o escritor Tailor Diniz cerziu as lembranças de Hertha Spier no gueto de Cracóvia e em três campos de concentração da Polônia e da Alemanha com a mesma paciência com que ela recuperava o tecido dos uniformes nazistas, roído pelos ratos, no campo de Plaszow, uma atividade que pode ter lhe salvado a vida.