As invasões mulçumanas que durante a Idade Média conquistaram uma parte da Europa e grande porção do Mediterrâneo não lograram controlar a totalidade do tráfico marítimo.O Mar Adriático e o Mar Egeu, distantes daquela influência, permaneceram - sob o poder de Bizânicio - como meios de comunicação que intensificaram as transações de toda espécie e iniciaram, concomitantemente, o florescimento dessa vasta região européia.Mesmo assim, essas atividades não tiveram restrições importantes no Mar Báltico e no Mar do Norte, o que acelerou o comércio, em contraste com a economia agrícola de lento desenvolvimento.Também as invasões de outros povos menos civilizados, que se deslocavam conduzidos pelo afã de conquista, contribuíram para intensificar os intercâmbios e, portanto, para fazer prosperar indústrias e criar novas formas de convivência entre os estratos sociais.A repercussão dessas atividades entre os povos deu motivo ao surgimento de mercadores profissionais, decisivos para efetuar a transformação econômica nos séculos XI e XII.Esse fenômeno e seus efeitos na estrutura da economia e da sociedade constituem o tema deste livro, de maneira sistemática traça a História Econômica e Social da Idade Média - que hoje nos orgulhamos de apresentar em língua portuguesa - desde os fins do Império Romano até o século XV.