O livro é resultado de uma pesquisa sobre a figura contemporânea do refúgio no Brasil explorada por meio dos processos de alguns nacionais colombianos. São interrogadas diferentes categorias de refúgio e seu processo de produção, assim como o substrato moral das relações tecidas entre pessoas administradas e diferentes agentes de Estado. No processo, não apenas é produzido um sujeito refugiado, mas são criadas constantemente as fronteiras externas e internas do Estado-nação. Além de focar na interpretação social dos sofrimentos que permitem separar a experiência dos sujeitos refugiados daquela de outros sujeitos migrantes, também foram examinadas as exigências narrativas, o mecanismo de produção de uma “verdade” sobre as pessoas administradas e sobre a nação que as recebe.