Tudo começa em Nuremberga e em Tóquio, e se precipita após o fim da Guerra Fria: em Março de 1999, a imunidade do general Pinochet é levantada pelos lordes britânicos, a pedido de um juiz espanhol. Dois meses mais tarde, pela primeira vez na história, um chefe de Estado em exercício de funções, Slobodan Milosevic, é acusado, detido e julgado perante o Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia (TPIJ). Posteriormente, no dia 1 de Julho de 2002, nascia o Tribunal Penal Internacional. É esta nova justiça penal internacional uma "justiça de vencedores" ou uma utopia moralizadora, como sustentam os seus detractores? ANTOINE GARAPON colabora com o Institut des Hautes Études sur la justice e participa no comité de redacção da revista Esprit. Foi secretário-geral adjunto da Federação Internacional das Ligas dos Direitos do Homem (FIDH) e criou, em 1991, o Comité Kosovo. É autor de inúmeras obras, das quais o Instituto Piaget já publicou O Guardador de Promessas; Bem Julgar ; A Justiça e o Mal; Punir em Democracia.