Em 1968, Paris estava em guerra. Palco mais representativo das manifestações estudantis que nesse ano pipocavam em várias partes do mundo, foi ali que uma geração inteira, uma geração que não acreditava mais nem na experiência do socialismo real nem nas maravilhas da sociedade de consumo, disse não às instituições, ocupou as universidades, levantou barricadas de paralelepípedos pelas ruas, enfrentou o único poder que, segundo eles, ainda valia à pena enfrentar: o poder representativo da polícia com seus cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo.