Entre os conquistadores espanhóis, nenhum nome é mais consagrado, temido e odiado do que o de Hernan Cortez, o capitão que subjugou e aniquilou a maior e mais poderosa civilização do Novo Mundo - o império asteca. Acompanhado por apenas quatrocentos homens, dezesseis cavalos, 32 escopetas e quatro canhões (mas contando com a ajuda de milhares de indígenas), Cortez derrotou um exército de cerca de quinhentos mil homens e arrasou a cidade que talvez fosse a maior do mundo de sua época; a fabulosa Tenochtitlan, com seus modernos canais navegáveis, jardins botânicos, zoológicos, aquedutos e mercados. O ouro roubado dos astecas revolucionaria toda a economia européia, proporcionando a acumulação inicial de capital para a explosão capitalista que se seguiria. Historiadores calculam que, entre guerras e epidemias, morreram, em menos de trinta anos, vinte milhões de indígenas. 'A conquista do México' consiste em cinco cartas que Cortez enviou ao imperador Carlos V, da Alemanha e da Espanha, narrando - com todos os detalhes e apavorante realismo - tudo o que se passou desde sua partida de Havana, em 10 de fevereiro de 1519, até a conquista definitiva da nação asteca, dois anos mais tarde. Trata-se de uma obra definitiva para a compreensão de um dos momentos-chave na História - o violento choque entre duas culturas, a aniquilação de uma delas e o surgimento do rosto mestiço que o México e o continente então assumiriam.