Historicamente as primeiras fontes geradoras de eletricidade foram projetadas de forma distribuída, atendendo pequenas demandas energéticas locais. No início do século XX, com a revolução industrial, o modelo foi rapidamente substituído pela geração de energia centralizada, e impulsionada também pela competitividade econômica e da produção energética em larga escala. A geração distribuída, somente então, retorna em voga, a partir dos anos 90, com o desenvolvimento de novas tecnologias de geração de energia e viáveis também do ponto de vista econômico. O atual modelo de produção de energia no setor elétrico brasileiro consiste na produção de energia elétrica obtida, em grandes quantidades, a partir de várias fontes, quais sejam a partir de usinas hidrelétricas, termoelétricas, nucleares, eólicas, biomassa, entre outras fontes, seja concentrada e transportada, a partir da interconexão dos sistemas elétricos, até os consumidores para as mais diversas finalidades (industrial, comercial e residencial). O autor pretende abrir, diante da nova perspectiva no cenário energético, e a partir da reflexão da Teoria Crítica da Tecnologia de Andrew Feenberg, a pensar a nova tendência do produtor-consumidor de energia, o panorama da instabilidade do preço da energia, a procura por segurança de fornecimento energético, bem como analisar quais são as oportunidades dadas como incentivos fiscais e tributários oferecidos pelos governos. Enfim, a obra apresenta posicionamento crítico em relação às novas tendências e mudanças no modo de produção e distribuição de energia no Brasil.