O ensino da literatura, na medida em que legitima a produção ou reedição de histoórias literárias, tem a sua estrutura condicionada, em grande parte, pelos padrões dos livros de história da literatura indicados, ou adotados, mantendo-se pautado pela periodizacão e pela cronologia, apesar da multiplicidade de abordagens e correntes teóricas, ideológicas ou metodológicas. Há, no entanto, uma peculiaridade que diferencia o ensino de literatura de língua inglesa do ensino de literatura brasileira - ou de língua portuguesa - no Brasil: a falta de proficiência linguística dos alunos, que muitas vezes não estão suficientemente capacitados para a leitura, compreensão e interpretação dos textos originais, bem como das histórias literárias escritas em inglês. Essa falta, provável consequência dos problemas enfrentados com o ensino e aprendizagem da língua na Educação Básica, é suprida na universidade com a adoção e utilização de traduções ou obras em português que tratam do assunto. Foi justamente essa busca de publicações nacionais, que o autor em sua prática de ensino como professor de Literatura Inglesa da Universidade Federal de Sergipe, despertou o interesse em organizar uma historiografia brasileira da literatura inglesa, no intuito de estabelecer a sua relação com o processo de institucionalização do ensino de inglês no Brasil.