Derivada da palavra grega ethos, os estudos e pesquisas apresentados neste livro enfocam a ética a partir de sua raiz, ou seja, do que é bom para o indivíduo e para a sociedade. Portanto, acima da soberania do mercado, como se utilizar dos meios de comunicação a favor da construção de um processo civilizatório? Assuntos diversos, como a formação de um jornalista, aspectos da televisão que podem infuenciar a violência infantil, a questão em aberto na música digital, os difíceis impasses ambientais são abordados no livro a partir desta perspectiva e de suas variantes. A história do interesse acadêmico pela comunicação, no brasil, é recente; data do final da década de 1970 o início das discussões acerca da indústria cultural como expressão - produto e produtora - do complexo processo de globalização. Processo esse que ainda abarca os mecanismos tradicionais e inovadores do também complexo esquema de comunicação social. Os textos que compõem esta excelente coletânea, além de focalizar de diferentes ângulos a conexão do fenômeno comunicação com variadas dimensões da sociedade brasileira, revela a grande preocupação de seus autores pela questão ética embutida e quase sempre obscurecida nos debates sobre fenômeno tão revolucionário que alcança até mesmo o cotidiano das pessoas. Este tópico, reconheçamos, está à espera de muitos debates, sociais e acadêmicos.